terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pai, sou gay!

"Pai, sou gay!"

Um soldado das Forças Armadas dos EUA decidiu contar ao pai que é homossexual. Foi com as palavras "Pai sou gay!" que o militar de 21 anos anunciou, por telefone, a orientação sexual. Uma conversa que gravou com a webcam e colocou no Youtube. Veja o vídeo.

A notícia não foi dada ao pai por acaso. A lei americana "Don't ask, Don't tell" (não perguntes, não digas) terminou, na passada terça-feira. Com o fim do tabu da homossexualidade dos militares, o soldado não quis perder mais tempo e divulgou ao pai e ao mundo que é gay.

Segundo o diário norte-americano "Washington Post", o soldado chama-se Randy Phillips e gravou o vídeo em directo da base aérea de Ramstein, na Alemanha. O soldado confessou estar nervoso. Quando o pai atendeu, perguntou-lhe se o amava e só depois lhe contou a novidade.

Há 18 anos que a lei contra os homossexuais estava em vigor e, depois de um debate apaixonado, gays e lésbicas já não têm que esconder a sua orientação sexual. Segundo Leon Panetta, secretário da Defesa, este foi um "dia histórico".

Neste período de 18 anos, cerca de 14 mil soldados foram afastados das forças armadas por causa da orientação sexual. "Trata-se de homens e mulheres que colocam a sua vida em risco para defender o país e isso é que importa", lembrou Panetta.

O secretário da Defesa afirma que este é um feito que reforça os valores da igualdade e dignidade para todos os que fundaram a América.

O Pentágono tem agora seis meses para preparar as Forças Armadas para a recepção dos soldados homossexuais nas fileiras.

"Mais de 97% dos 2,3 milhões de homens e mulheres soldados foram preparados e receberam uma formação, recordando as noções de tolerância e da vida privada antes da introdução da nova lei", disse o secretário da Defesa.

 

O Mundo e os costumes mudaram...

O Mundo, os costumes, os filhos mudaram, porém (nós) os pais NÃO mudamos. É contraditório, mas os pais ainda sonham com o casamento dos filhos, a chegada dos netos e de repente: Bomba! A filha é lésbica e/ou filho é Homossexual.

As imagens acima refletem o momento atual. É chocante?! Princesa com Princesa e Príncipe com Príncipe. O que pensar? O que falar? E o mais importante o que sentir diante de um conto de fadas diferente do que você como mãe ou como pai idealizou para  seu filho (a).

Bem vindo! Os contos de fada mudaram, resta você mudar! Reflita e se precisar de ajuda conte comigo.

 

Adolescente comete suícidio após assumir homossexualidade no Youtube


Adolescente comete suícidio após assumir homossexualidade no Youtube

Jamey_RodemeyerJamey Rodemeyer, de 14 anos, é a mais nova vítima do bullying cometido contra adolescentes nos Estados Unidos. O garoto, que assumiu sua homossexualidade em um vídeo postado no YouTube, foi encontrado morto do lado de fora de sua casa, após cometer suicídio.

Rodemeyer mantinha um blog na internet onde relatava as frequentes humilhações que sofria no ambiente escolar. "Ninguém na minha escola procura prevenir suicídios, enquanto vocês me xingam e me fazem chorar". O jovem chegou ainda questionar o por quê ninguém dava importância ao seu sofrimento. "Eu sempre digo o quanto sofro bullying, mas ninguém escuta. O que eu tenho que fazer para que me escutem?".

Fã de Lady Gaga, Rodemeyer também escreveu em seu blog um agradecimento à sua diva. Nesse mesmo texto, o garoto manifestou uma vontade de encontrar sua avó, morta recentemente.

Apesar do fim trágico, Jamey Rodemeyer chegou a deixar um vídeo no YouTube no qual acreditava que tudo poderia melhorar. "Meu conselho a vocês é o seguinte: Mantenha a cabeça erguida que você chega longe", disse o jovem.

A mãe do Jamey, Tracy Rodemeyer, declarou em entrevista ao Huffington Post que sua perda possa servir com uma mensagem de tolerância, na qual seu filho não teve tempo de ouvir.

Fonte: Revista a Capa
Postado em 21/09/2011

Leisha Hailey é expulsa de vôo por beijar a namorada.

Leisha Hailey é expulsa de vôo por beijar a namorada.

Data: 27/09/2011  · 

A Alice de "The L Word" passou por uma situação complicada em um vôo da SouthwestAir

A atriz Leisha Hailey, que estrelou a série "The L Word" comoa jornalista bissexual Alice, disse ter sido expulsa de um voo da Southwest Airlines junto com sua namorada Camila Grey (as duas na foto ao lado) após tê-la beijado nesta Segunda-Feira (26). Ambas fazem parte da banda Uh Huh Her.

Hailey disse em seu Twitter que a comissária de bordo teria dito que a Southwest "era uma companhia aérea familiar e um beijo não era ok" e que ela e sua namorada seriam escoltadas para fora do avião por terem se exaltado sobre o assunto.

E acrescentou: "SouthwestAir apoia empregados homofóbicos. Desde quando é ilegal demonstrar afeto a quem você ama? Eu quero saber o que a Southwest Airlines considera uma 'família'". Hailey também exigiu uma retratação pública.

A SouthwestAir emitiu uma nota dizendo que havia recebido váriuas reclamações de passageiros que apontavam o comportamento como sendo excessivo e que a equipe havia questionado o comportamento, independente do gênero.

É difícil afirmar o que aconteceu, mas se somente o beijo foi o motivo de toda confusão, foi uma atitude realmente lamentável a da empresa.

Homossexualidade: sai fora, preconceito!

Homossexualidade: sai fora, preconceito!
 
Publicado em 22 de setembro de 2011
www.blogdamulher.com
 

comportamento humano relacionamentos homossexuais

Homossexualidade: assunto do momento. É retratado nas novelas, nos filmes, na música. Muito se fala sobre isso, mas o preconceito ainda é muito grande. A sociedade não aceita (e não quer ver) mulher com mulher ou homem com homem. O relacionamento "certo" é homem com mulher e não se fala mais nisso.comportamento humano o-importante--ser-feliz

Um casal gay é motivo de estranheza por onde quer que vá. Pessoas apontando, olhar indiscretos. Sim, muitos casais são assumidos e não se importam com o que diz a sociedade. Porém, esse é um dos motivos principais pelo qual algumas pessoas não se assumem: o preconceito! Não é fácil (muito menos legal) para alguém ser tratado diferente dos demais, embora não tenha motivo nenhum para isso.

comportamento humano contra-o-preconceito

É só ter um pouco de empatia e as pessoas conseguem ao menos ter noção do que os homossexuais sentem. Então, por que tudo isso não muda? Muito embora o assunto esteja sendo retratado cada vez mais, acredito que ele esteja sendo tratado da forma errada. Mostrar homossexuais sendo espancados não é a forma certa de se fazer isso! É preciso que todos botem a mão na consciência. Cada um tem a sua vida. Cuidar de si próprio já é bastante trabalhoso, por que então se dar o trabalho de cuidar da vida da outra pessoa?

comportamento humano preconceituoso por-que-nao

Se uma mulher quer namorar outra mulher, ou se um homem quer se relacionar com outro homem, cada um sabe o que faz, e isso não os tornam melhores nem piores que ninguém. Gostar de alguém do mesmo sexo é opção de cada um. Quando o coração bate mais forte, não tem quem o segure. Afinal, quem já escolheu por quem vai se apaixonar? Se você é uma mulher moderna, ajude a levantar a bandeira contra o preconceito! Porque não importa a forma de amor. O importante é ser feliz!

respeito levante-essa-bandeira

Imagens: Google

 

domingo, 14 de novembro de 2010

Argentina: Organização de Casamentos Gays e Lua de Mel

Fonte: Folha.com 17.07.2010
 
Argentina: FESTAS DE CASAMENTO E LUA DE MEL

Darío Tamanini, um dos primeiros e poucos organizadores de casamentos orientados aos casais gays no Argentina, já se prepara para um "boom" de trabalho. No mesmo dia da aprovação da lei que autoriza o casamento homossexual, recebeu dez chamadas de interessados em organizar seu casamento.

"Começamos no ano passado a organizar cerimônias de compromissos entre gays, que tinham muito medo de contratar serviços com empresas tradicionais de eventos", relatou Tamanini, que fundou com dois sócios sua empresa de organização de festas no centro de Córdoba, uma sociedade caracterizada pelo conservadorismo.

Agora que as uniões serão legais, Tamanini promete organizar bodas "únicas", sejam singelas, em casa, ou em fazendas, aonde o casal pode chegar em uma carruagem e afins.

Para a lua de mel, os casamentos homossexuais podem optar pelo destino clássico na Argentina: a sulina Bariloche, romântica, rodeada de montanhas e ar puro.

A primeira agência de turismo gay de Bariloche já começou a promover o pacote turístico "Honeymoon Patagônia", que promete opções para que os recém-casados "desfrutem ao máximo da vista panorâmica e de toda a região".

Por enquanto, não foi vendida nenhuma viagem de bodas, mas a agência Bariloche Gay Travel espera impulsionar as vendas a partir da nova norma.

"Já tivemos várias consultas de gente interessada e, agora que se legalizou o casamento homossexual, esperamos receber mais contatos com relação a esse pacote", aponta à agência de notícias Efe Cristian Signorelli, proprietário da agência que há um ano oferece serviços de turismo em Bariloche a visitantes gays do mundo todo.

Com lei de casamento, turismo gay ganha força na Argentina


17/07/2010 - Folha.com

Com lei de casamento, turismo gay ganha força na Argentina

NATALIA KIDD
DA EFE, EM BUENOS AIRES (ARGENTINA)

O otimismo ronda os negócios orientados ao turista gay na Argentina. Com a aprovação do casamento gay no Senado argentino, pioneira na América Latina, o país espera um novo impulso no rentável nicho do turismo gay.

Se a Argentina, e em particular Buenos Aires, já era referência para o turismo gay, agora os empresários do setor preveem um aumento da chegada de visitantes homossexuais, que são geralmente grandes consumidores.

"Espero um impacto muito positivo, porque todos os negócios que tenho são orientados ao mercado gay. Por isso, certamente muitos casais de estrangeiros virão à Argentina só para se casar", explica Germán Arballo, empresário de negócios orientados ao segmento do turismo, desde aluguel temporário de apartamentos até adegas.

Segundo Arballo, na Argentina --país que nos primeiros cinco meses do ano recebeu cerca de 1 milhão de estrangeiros que gastaram cerca de US$ 1 bilhão--, quase dois de cada dez turistas são homossexuais.

"Buenos Aires se tornou a cidade mais importante da América Latina para o turismo gay. Com a lei que permitia a união civil em Buenos Aires, a afluência de turismo gay já tinha aumentado 15% sobre o total de turistas. Agora, essa proporção é de quase 18%", precisou.

Brasileiros, americanos e europeus são maioria entre os viajantes homossexuais que elegem a Argentina, não só pelo ambiente gay friendly, mas pela conveniente taxa de câmbio.

"O turista gay gasta mais. Na Argentina, mais ainda, porque o peso está muito barato em relação ao dólar e ao euro", disse Arballo --R$ 1 gira em torno de dois pesos e US$ 1 pode ser trocado por cerca de quatro pesos.

Ele aproveitará a novidade da nova lei de casamento para pessoas do mesmo sexo para promover seus vinhos Pilot Gay Wines.

Em sua campanha publicitária, o empresário presenteará os amantes do mesmo sexo que se casarem na Argentina com vinhos e champanhe de sua marca.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Marcelo Tas comenta sobre filha lésbica. Apresentador do “CQC” diz que aprendeu a tratar naturalmente a homossexualidade

Marcelo Tas comenta sobre filha lésbica
Apresentador do "CQC" diz que aprendeu a tratar naturalmente a homossexualidade

Por Redação
Publicado em 17/09/2010 às 16:16 hs

Fotos




Crédito: Reprodução/Contigo
Marcelo Tas com Luiza, em foto de 2008



O ator e apresentador Marcelo Tas é um dos entrevistados da edição deste mês da revista "Alfa", nova publicação da editora Abril.

À revista, Tas falou sobre Luiza, sua filha lésbica, que hoje mora em Washington, nos Estados Unidos, com a namorada Rachel. Para o apresentador, aceitar com naturalidade a orientação sexual da filha o ajudou a lidar com o tema de forma diferente. "Luiza é de uma geração tranquila quanto ao assunto — bem menos conservadora e bobinha que a minha ou a de meus colegas de CQC. Aliás, não deveriam cobrar coerência de quem trabalha com humor, que é uma lente livre com que miramos a realidade — até para expor os preconceitos", disse Tas.

Marcelo Tas comentou ainda sobre o relacionamento entre ele e a filha quando ela era mais jovem. "A Luiza manifestou essa opção (sic) ainda no colégio. Na época, conversamos com ela e com os orientadores da escola. Foi importante deixar que a escolha fosse dela e que uma eventual pressão de colegas homofóbicos fosse acompanhada. Felizmente, não houve nenhuma questão mais grave sobre sua opção (sic). Que, é bom lembrar, é de caráter pessoal", falou.

Luiza, que estuda direito internacional na American University, é filha do primeiro casamento de Tas com a figurinista Claudia Kopke. O apresentador tem outros dois filhos, Clarice, 4, e Miguel, 8.




quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Homossexualidade Feminina


sábado, 11 de setembro de 2010

HOMOSSEXUALIDADE FEMININA


HOMOSSEXUALIDADE FEMININA

Sylvia Faria Marzano

Existem várias teorias do porque uma pessoa é homossexual. Seja por influência ambiental, genética ou da formação psicológica; uma coisa é certa, ninguém opta por ser homossexual. Esse tipo de relação, de comportamento, é visto como uma orientação do desejo. Mas, esse conceito é recente, visto que somente em 1993, a Organização Mundial da Saúde deixou de considerar a homossexualidade como uma doença, passando a ser uma condição da personalidade humana. O Conselho Federal de Psicologia passou a condenar as promessas de tratamento para reverter a homossexualidade em 1999.

Picazio (psicólogo e psicoterapeuta, 1998) acredita que todos nós recebemos desde cedo uma carga muito grande de valores negativos em relação a pessoas com orientação homossexual. Por isso, acabamos por repetir os comportamentos preconceituosos para rebater algo que não queremos para nós. Essa atitude dificulta tanto a aceitação da diferença, como a própria auto-aceitação de uma pessoa que venha a se perceber homossexual, pois ela acredita que será condenada a ser tudo o que ouviu falar de ruim sobre os homossexuais.

A aceitação de casais homossexuais masculinos sempre foi maior, como se identifica na mídia escrita ou falada. Ao contrário, o preconceito contra o homossexualismo feminino ainda persiste na sociedade e nas leis que ainda fecham os olhos para sua existência.

Não temos a pretensão de determinar como se inicia a homossexualidade. Mais importante que procurar possíveis causas, é fazer com que a sociedade compreenda que a homossexualidade em si não é um mal e que o problema está na solidão,na exclusão e na marginalidade que ela provoca, nessas pessoas, pelo preconceito.

Nesta época em que vivemos, podemos dizer que a homossexualidade feminina "saiu do armário" (expressão usada por gays e lésbicas quando assumem publicamente serem homossexuais).

A expressão lesbianismo deriva de Lesbos, ilha grega que tinha como chefe uma poetisa de nome Safo. Esta musa escreveu versos que contam livremente o amor entre mulheres e, seus amores e paixões por sua companheiras ( seis séculos atrás). Daí os nomes safismo, sáfico, safista e lesbismo, lesbianismo, lesbiana, lésbica, passarem a ser usados como sinônimos de tribadismo (ato de uma mulher "roçar" em outra).

Longe de nós polemizarmos em relação à definição da homossexualidade feminina, pelo fato de que " até hoje não surgiu nenhuma teoria que trate exclusivamente do lesbianismo. As mulheres homossexuais têm sido tratadas pelos pesquisadores como as mulheres são geralmente tratadas, como o segundo sexo."(Charlotte Wolff).

Em meio a vários conceitos, penso serem dois mais coerentes. Lílian Federmam (1981) define o amor sáfico: "O lesbianismo descreve uma relação na qual duas mulheres trocam fortes emoções e afetos entre si. O contato sexual pode ser parte dessa relação num maior ou menor grau, ou pode estar inteiramente ausente". Nesta mesma perspectiva, o "Grupo de Luta pela Libertação Lesbiana" de Barcelona (1981) aprofundou: "A lésbica não persegue o prazer sexual como finalidade única na relação com a companheira. Seu objetivo não é tanto o sexo, senão a busca de níveis profundos de comunicação, esferas de ternura, carinho e delicadeza. A essência do amor lésbico é a pura sensibilidade. Poder-se-ia dizer que a lesbiana sexualiza a amizade, pois a relação sexual nasce de um sentimento profundo que tem sua base no amor."

Charlote Wolff bem definiu em seu livro – Amor entre mulheres – "...não é o homossexualismo, mas o homoemocionalismo, que constitui o centro e a própria essência do amor das mulheres entre si."

O assunto Homossexualismo Feminino vem sendo apresentado na mídia no sentido de que se discutam o assunto para uma regulamentação da união homossexual. É imprescindível dar cidadania ao homossexual. Alguns países já possuem legislações nesse sentido, que normatizam essas uniões. Na Holanda já existe até lei para adoção de crianças por casais homossexuais - a adoção pode ocorrer desde que os parceiros estejam casados ou vivendo juntos. No Brasil só temos um projeto da Deputada Marta Suplicy no sentido de legalizar essas uniões, mas que muito tem que percorrer até sair das mesas dos dirigentes.

Um ponto importante a ser discutido e que fazem esses papéis não tramitarem é a existência dos preconceitos (mitos) mais relevantes:

1- Gays e Lésbicas são heterossexuais frustrados – FALSO – os homossexuais são pessoas que simplesmente têm um desejo natural por pessoas do mesmo sexo e que ficarão frustrados se não viverem esse desejo.

2- Homossexualidade é uma questão de opção – FALSO – a opção é a de viverem ou não, plenamente esse desejo, que é natural.

Em relação então, à união homossexual, Giddens (1993) a define como "relacionamentos puros"- que se constituem basicamente pelo compromisso (sem união civil, vínculo financeiro, filhos) e pela confiança total enquanto se amam e querem viver juntos. A problemática é a de se ter como base na sociedade a "família nuclear" que é a heterossexual, onde teríamos um homem e uma mulher, e as outras formas de família, as reconstituídas (em grande número atualmente com base no aumento dos divórcios e segundos ou terceiros casamentos), as monoparentais (que geram filhos sem pais ou mães) e as homossexuais.

Em relação à adoção de filhos por casais homossexuais femininos, Carolina J.Barboza e Tânia Aldrughi, fizeram uma pesquisa com três casais observando dados importantíssimos nesse processo:

1- A definição sexual independe de a criação ter sido realizada por pais homo ou heterossexuais. Os pais homossexuais são mais atentos com os filhos no sentido de ensinarem a confiarem mais em si próprios e em seus sentidos, para que consigam não sofrer com os preconceitos que possivelmente venham a ser vítimas.

2- O grande papel de uma mãe formadora de uma família alternativa é mostrar aos filhos o quanto está feliz levando a vida da maneira que leva, e que sua relação é saudável e positiva.

3- Quanto mais natural for o comportamento dos pais em relação à família que estão inseridos, mais fácil para o filho compreender que pertence a algo natural e saudável.

4- A família é uma referência que vai permanecer por toda a vida do indivíduo. É fundamental que essa referência seja internalizada como algo positivo.

5- Não há divisão rígida de papéis entre as parceiras. O importante é a função dos pais como fomentadores da socialização da criança, de uma forma indiferenciada.

6- O papel dos pais como facilitadores dos filhos para lidarem com o preconceito : o importante é a verdade e a aceitação.

Essas famílias homossexuais femininas surgem numa tentativa de viver de maneira mais natural possível, não desejando mostrar que são iguais, pois não são, mas que poderão merecer respeito, direitos e espaço, pois se tratam apenas de diferentes formas de relações.

Mas, ainda fica uma questão: será que esses casais não estariam buscando a adoção de crianças, para serem mais aceitos, menos fora dos padrões, por formarem uma família chamada "alternativa" ou "diferente" ? Há realmente o desejo de ter filhos ou esse desejo é produzido pela necessidade de enquadramento no padrão familiar?

O assunto é delicado, amplo e necessita de discussões profissionais nos níveis sociais, legislativos e executivos para o crescimento da Sexualidade Humana Brasileira.

Dra. Sylvia Faria Marzano
Diretora do ISEXP